Para melhorar a sua experiência na plataforma e prover serviços personalizados, utilizamos cookies. Ao aceitar, você terá acesso a todas as funcionalidades do site. Se clicar em "Rejeitar Cookies", os cookies que não forem estritamente necessários serão desativados. Para escolher quais quer autorizar, clique em "Gerenciar cookies". Saiba mais em nossa Declaração de Cookies.

Pular para conteúdo principal

Defensoria debate judicialização da saúde no I Congresso Rondoniense de Carreira Jurídica

Publicado em:

O defensor público Sérgio Muniz palestra sobre

O defensor público Sérgio Muniz palestra sobre

Na tarde da quarta-feira, 30, a Defensoria Pública de Rondônia (DPE-RO) participou do painel Judicialização na Saúde, no âmbito do I Congresso Rondoniense de Carreiras Jurídicas, que aconteceu nos dias 29 e 30, no teatro Palácio das Artes. O defensor público Sérgio Muniz Neves participou do debate com a apresentação do subtema “Direito à saúde e os impactos econômicos”.

O painel foi aberto pelo mediador Pedro Hecktheuer, professor e coordenador do curso de Direito, da Faculdade Católica de Rondônia (FCR), e contou com a presença dos debatedores Edenir Rosa, Juiz do Tribunal de Justiça (TJRO), Cássio Bruno, procurador do Estado e professor da FCR, e o acadêmico do curso de direito da FCR Raimundo Viana de Castro.

Direito à saúde e os impactos econômicos

Sérgio Muniz foi o segundo a falar e abriu a discussão do seu tema explicando um pouco sobre o Sistema Único de Saúde brasileiro (SUS). “O SUS segue o modelo universalista. E isso significa que todo cidadão brasileiro, até mesmo um imigrante ilegal, em tese, tem direito ao serviço de saúde do nascimento ao óbito”.

Esse entendimento, segundo o defensor público é fruto de uma conquista que advém da constituição de 1988, da legislação federal de regência, e que é sustentada (pelo menos até o primeiro momento) pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo ele, outros sistemas como, por exemplo, o alemão, tem uma coparticipação por parte dos trabalhadores, que são obrigados a contribuir para o SUS, o que se assemelha a uma previdência. “É uma tabela progressiva, conforme sua renda vai aumentando, a sua contribuição vai aumentando independentemente se você vai utilizar ou não. Você é um segurado obrigatório. O Brasil, entretanto, não exige nenhuma contrapartida financeira”.

Dessa maneira, para

E para a D: juiz de Direito Edenir Rosa, defensor público Sérgio Muniz, estudante de direito Raimundo Viana, procurador Cássio Bruno e mediador, professor Pedro Recktheuer.

E para a D: juiz de Direito Edenir Rosa, defensor público Sérgio Muniz, estudante de direito Raimundo Viana, procurador Cássio Bruno e mediador, professor Pedro Recktheuer.

Sérgio Muniz, o SUS apresenta alguns entraves, principalmente de natureza financeira. “De maneira resumida, sob o ponto de vista financeiro e econômico, e da maneira como está estruturado o SUS, se formos atender toda e qualquer demanda de saúde, a conta não fecha”, completa. “Eu trabalho há seis anos no primeiro atendimento (Tudo Aqui), e a gente lida sempre com o drama humano. Chegam pessoas precisando de medicamentos, de procedimentos cirúrgicos, de uma internação na UTI, às vezes um deslocamento. E nós temos que propor essa demanda.”

Interpretação da Defensoria Pública

Entrando na seara da DPE-RO, Sérgio Muniz esclarece “A pessoa chegou com uma demanda de saúde, é necessário que se garanta, a não ser que nós façamos uma reforma na legislação, pois isso é um direito constitucional. E como resolver esse impasse?”.

Segunda ele, muitas vezes a DPE-RO se vê com protocolos que são comprovadamente aptos e que funcionam, sejam eles medicamentos aprovados pela ANVISA ou estudos que comprovam a eficácia dos tratamentos. Porém, esses os pedidos acabam não sendo aprovados, por diversos motivos, entre eles o financeiro. “Até que ponto é lícito, é correto, é constitucional, nós enquanto operadores do Direito, permitir esse tipo de morte consentida?”, questiona.

“Esse problema é nosso, mas vai ser de vocês também, na condição de operadores do Direito no futuro. Dessa turma provavelmente vão sair juízes, promotores, procuradores do estado, defensores, advogados. E essa é uma discussão muito mais filosófica e prática, do que jurídica, em meu entendimento”, completa.


Compartilhar

Pular para o conteúdo