Para melhorar a sua experiência na plataforma e prover serviços personalizados, utilizamos cookies. Ao aceitar, você terá acesso a todas as funcionalidades do site. Se clicar em "Rejeitar Cookies", os cookies que não forem estritamente necessários serão desativados. Para escolher quais quer autorizar, clique em "Gerenciar cookies". Saiba mais em nossa Declaração de Cookies.

Pular para conteúdo principal

Defensoria leva debate sobre violência doméstica a Centro Social

Publicado em:

“Eu era jovem, bonita e inteligente, mas fui impedida de estudar e de trabalhar pelo meu ex-marido, que me agredia com palavras, socos e pontapés. Me dizia que eu nunca conseguiria ser feliz e montar o meu próprio negócio, mas ele estava errado. ”

Esta foi a fala da dona de casa Marlene da Silva durante a palestra promovida pelo Núcleo Maria da Penha da Defensoria Pública de Rondônia (DPE-RO) às mulheres do projeto “Construindo os Sonhos”, realizado pelo Centro Social Madre Mazzarello no bairro Socialista, em Porto Velho.

O comentário da dona de casa veio segundos após a psicóloga da DPE-RO Sarah Nachiro iniciar sua palestra sobre os ciclos da violência doméstica. “Este ciclo de violência, que vocês apresentaram, foi a história da minha vida por 36 anos, mas eu venci e dei a volta por cima com atitude e inciativa”, comenta Marlene.

Atitudes que libertam

Para o Coordenador do Núcleo Maria da Penha, Defensor Público Guilherme de Ornelas é exatamente com este pensamento transformador e libertador que o Núcleo trabalha.

“Este ciclo de violência, que vocês apresentaram, foi a história da minha vida por 36 anos, mas eu venci e dei a volta por cima com atitude e inciativa”, comenta Marlene.

“Este ciclo de violência, que vocês apresentaram, foi a história da minha vida por 36 anos, mas eu venci e dei a volta por cima com atitude e inciativa”, comenta Marlene.

“Nosso objetivo aqui hoje é conscientizar vocês sobre a situação da violência doméstica e como procurar apoio para vencer este ciclo. Não oferecemos apenas o auxílio jurídico, mas todo o acompanhamento psicológico e social necessário para que a mulher crie uma estratégia para se livrar desta situação. A lei Maria da Penha não é um instrumento exclusivo de Direito Penal, e sim um instrumento de várias ações. ”

“Para isso, reunimos hoje aqui toda a equipe do Núcleo Maria da Penha: assistente jurídica, psicóloga, assistente social e estagiários, cada um apresentando um pouco sobre o que faz e como cada área pode ajudar a mulher vítima de violência doméstica”, completou o Defensor Público.

Diante da explicação, outras mulheres também começaram a se pronunciar, tornando o encontro um espaço de intenso debate e de relatos emocionados. “Eu fui esfaqueada pelo meu ex-marido, quase morri, mas estou e venci”, relata Cristiane de Oliveira.

“Eu fui esfaqueada pelo meu ex-marido, quase morri, mas estou e venci”, relata Cristiane de Oliveira.

“Eu fui esfaqueada pelo meu ex-marido, quase morri, mas estou e venci”, relata Cristiane de Oliveira.

“Também vivi esta situação”, declara Josefa, 49 anos, acadêmica de serviço social. “Meu namorado, na época, era mais novo e ele me dizia que eu nunca conseguiria ficar com ninguém melhor que ele, caso eu terminasse”, conta.

Ao fim dos debates, todas as mulheres receberam panfletos sobre violência domésticas e orientações sobre como procurar o apoio da Defensoria Pública para fazer valer o seus Direitos. “Estamos aqui para dar esperanças, nosso sonho era garantir a proteção a cada mulher vítima de violência doméstica, o que não é possível, mas podemos sim conscientizar e lutas pelos Direitos de cada mulher.

Madre Mazzarello

O encontro foi organizado pela Defensoria Pública de Rondônia a pedido das responsáveis pelo Centro Social Madre Mazzarello, diretora irmã Jaqueline Pereira e a assistente social Maria José. A estagiária de psicologia, Geisiane Meireles acompanhou as palestras.

O projeto “Construindo os Sonhos” do Centro Social Madre Mazzarello reúne todas as quartas-feiras mulheres em situação de extrema vulnerabilidade pessoal e social do bairro Socialista para encontros, palestras, cursos profissionalizantes, entre outras atividades.

“São mulheres muito pobres, algumas foram abandonadas pelo marido e família e ainda têm filhos para criar e que quase sempre sofrem com a violência doméstica”, explica Maria José.

Para mais fotos do encontro clique aqui.


Compartilhar

Pular para o conteúdo