No mês do agosto dourado, servidoras relatam experiências com programa de Assistência Mãe Nutriz
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Em agosto, é comemorado o mês do agosto dourado, campanha que simboliza a luta pelo incentivo à amamentação, que segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) previne a morte de mais de 6 milhões de crianças pelo mundo por causa do aumento das taxas de amamentação exclusiva até o sexto mês de idade. O termo Agosto Dourado vem da definição da OMS do leite materno como alimento de ouro.
É neste contexto que a Defensoria Pública do Estado de Rondônia vem desenvolvendo o seu programa de Assistência à Mãe Nutriz, inaugurado em julho do ano passado e que já apresenta a adesão de servidoras do quadro administrativo da instituição.
O programa, fruto de uma proposição das servidoras Analistas em Psicologia da instituição foi acolhido pela Administração Superior da DPE-RO e publicado como ato do Defensor Público-Geral, resultando na edição do regulamento n° 47/2020, que prevê o cumprimento da jornada de trabalho de cinco horas diárias para a servidora mãe nutriz, inclusive para a ocupante de função gratificada ou cargo em comissão, até o último dia do mês em que a criança completar dezoito meses de vida.
Depoimentos
A servidora Luciana Colares que atua na Diretoria de Recursos Humanos da DPE-RO, foi uma das servidoras mãe nutrizes que aderiram ao programa. “O programa mãe nutriz da Defensoria Pública de Rondônia impactou positivamente tanto na minha nova fase como mãe, quanto no desenvolvimento do meu bebê”, explica a servidora.
Luciana explica quais foram os principais ganhos com a redução de carga horária. “Com a redução da jornada de trabalho consegui realizar o aleitamento materno exclusivo do meu bebê, pois ele era um APLV-alérgico a proteína do leite de vaca” ressalta. “Desejo que cada mãe servidora possa ter o benefício de poder solidificar ainda mais a realização mãe/filho e parabéns à DPE pela implantação desse programa”, afirma.
A servidora técnica administrativa Viviane Selhorst, que atua no Núcleo da DPE-RO em Cacoal também conta um pouco de sua experiência como adepta do programa. “O programa me beneficiou, porque, por exemplo, quando dá o meu horário de cinco horas, mesmo estando de home office, eu consigo parar naquele instante específico e amamentar minha filha, não recebendo mais comunicações do Núcleo, o que contribui para o estreitamento dos laços afetivos com ela e facilita o cotidiano”, explica a servidora.
“O programa deve continuar, até porque as mães têm uma grande dificuldade na hora do desmame da criança, mesmo após seis meses, então até pra mãe se organizar com o retorno ao trabalho e a criança criar essa rotina, esse programa é muito interessante”, ressalta Viviane Selhorst.
Segundo a servidora, o programa a ajudou muito em diversos aspectos da sua relação com a filha. “O programa me ajudou muito, pois a minha filha tem um problema de refluxo e por ela ainda não aceitar alguma alimentação diferenciada, o leite materno se torna importante para ela. Além disso, a redução de carga-horária é interessante porque nessa fase a criança tem muito apego do carinho e da atenção, não é só o aleitamento, apenas a presença da mãe já traz para a criança mais segurança diante da nova rotina da mãe”, finaliza.
Visão do Defensor Público-Geral
“Os depoimentos acima demonstram que o programa Mãe Nutriz da Defensoria Pública do Estado de Rondônia foi uma decisão mais do que acertada”, explica o Defensor Público-Geral, Hans Lucas Immich. “Essa ação em conjunto com outras, como a publicação da resolução nº 96/2020, que visa positivar a contagem do período de licença maternidade no decorrer do estágio probatório de defensoras públicas e servidoras efetivas da instituição, são formas de combater as desigualdades existentes na sociedade, salvaguardando os direitos humanos, promovendo o bem-estar das integrantes da equipe da DPE-RO”, finaliza.
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