
Neste mês de abril, a Defensoria Pública do Estado de Rondônia (DPE/RO) concluiu o segundo curso básico de Libras, voltado para a capacitação de servidores e estagiários da instituição. Realizado ao longo de uma semana, o curso teve como objetivo introduzir os participantes à Língua Brasileira de Sinais (Libras), promovendo maior inclusão e acessibilidade aos(às) assistidos(as) surdos(as) que buscam atendimento na Defensoria.
Durante os encontros, os alunos aprenderam noções básicas de comunicação em Libras, capacitando-se para oferecer um atendimento mais acessível e humanizado à comunidade surda. Além do aprendizado da língua, o curso abordou também aspectos sociais e culturais da comunidade surda, contribuindo para o combate a preconceitos e estereótipos.
A formação foi ministrada pelo estagiário de pós-graduação Danilo Ramos da Rocha – professor de Libras e mestre em Letras – com o apoio do supervisor da Seção de Libras, Héverson Duarte, e da estagiária de pós-graduação Giovanna Cruz.


O professor Danilo Ramos expressou sua satisfação com a experiência de ver os servidores da instituição querendo aprender Libras. “O curso foi maravilhoso! Tive a honra de ser o primeiro surdo a ministrar treinamento para os servidores da DPE-RO, promovendo muitas práticas e diálogos. Eles aprenderam bastante, adquiriram diversos sinais. Já me sinto em casa, pois consigo me comunicar com todos. Continuem praticando com os colegas e também em casa!”


O supervisor Héverson Duarte destacou a relevância de capacitações como essa para o fortalecimento da inclusão dentro da instituição: “O curso visa promover um ambiente verdadeiramente acessível e inclusivo. A DPE realiza regularmente essa iniciativa, reafirmando seu compromisso com a inclusão. Nesta edição, tivemos a valiosa contribuição do estagiário Danilo, que, além de surdo, é tradutor, intérprete e professor de Libras, o que enriqueceu ainda mais o aprendizado.”


Neste mês em que a Lei nº 10.436/2002 — que reconheceu a Libras como meio legal de comunicação — completa 23 anos, a iniciativa reforça a importância do ensino da Língua de Sinais para a inclusão da comunidade surda na sociedade. Juntamente com o Estatuto da Pessoa com Deficiência (Lei nº 13.146/2015), essas legislações destacam o direito à comunicação acessível e à integração plena das pessoas surdas.
Assim, a Defensoria reafirma seu compromisso em promover ações contínuas que garantam acolhimento, respeito e compreensão à população surda. O ensino da Libras é, portanto, uma ferramenta essencial para a construção de uma sociedade mais inclusiva e igualitária.