
Nesta terça-feira (06), a Defensoria Pública realizou uma marcante homenagem a memória da defensora pública pioneira no estado, Dra. Liliana dos Santos Torres Amaral. Durante a cerimônia, foi descerrada a placa inaugural da sala de reuniões.
Durante a homenagem, membros da instituição e familiares compartilharam memórias marcantes da trajetória da defensora pública, destacando sua dedicação, entrega e compromisso. Para Carlos dos Santos, filho da homenageada, a história de sua mãe se confunde com a própria consolidação e fortalecimento da Defensoria Pública do Estado.
“Membros da instituição também compartilharam suas vivências ao longo dos anos de trabalho ao lado da defensora pública. O defensor público aposentado Constantino Gorayeb afirmou que “a Dra. Liliana era perseverante, dedicada e humanitária — qualidades que se refletiam diretamente no trabalho diário prestado a todos os assistidos e assistidas”.
O defensor público-geral, Dr. Victor Hugo de Souza Lima, destacou a importância da homenagem e o impacto do legado deixado por Dra. Liliana: “Mais do que uma defensora pública exemplar, ela foi uma verdadeira referência para todos nós. Sua atuação firme e sensível contribuiu para a construção de uma Defensoria mais próxima das pessoas e mais comprometida com os direitos humanos. Nomear esta sala em sua memória é uma forma de eternizar sua contribuição e inspirar as futuras gerações”.





TRAJETÓRIA
O ano era 1983, e Liliana dos Santos Torres Amaral ingressava nos quadros de assessoramento da Fundação de Assistência Judiciária de Rondônia (Funajur), iniciando a sua trajetória como pioneira na área da assistência jurídica rondoniense, ao atender a população em situação de vulnerabilidade socioeconômica do Estado. A partir daquele momento, cerca de 42 anos de entrega e dedicação ao serviço público estadual aguardavam a defensora pública pioneira.
Advinda do quadro de técnicos judiciários do Tribunal de Justiça do Estado, Liliana ingressou nos quadros da Funajur na década de 80, sendo cedida e atuando em diversas Secretarias Estaduais, como a Secretaria de Polícia Militar, Secretaria de Segurança Pública, Secretaria de Estado de Administração e também na Secretaria de Saúde. Em fevereiro de 1999, foi removida para a Defensoria Pública do Estado de Rondônia, que na época contava com cinco anos de criação.
A partir de então, firmou-se na atuação da defesa das pessoas mais necessitadas, e em 14 de dezembro de 2001, foi nomeada como defensora pública, na classe inicial da carreira, de acordo com o decreto nº 9781, tendo efetivamente tomado posse em 23 de janeiro de 2002. Na sequência, em 2006 foi habilitada como Defensora Pública de Entrância Especial, cargo hoje nomeado como Defensora Pública de Nível 4.
Durante sua trajetória como defensora pública, Liliana Amaral atuou na 19ª DPE-PVH (2ª Vara Criminal) e 20ª DPE-PVH (3ª Vara Criminal), tendo também passado pela 31ª DPE-PVH (Instância Superior Criminal) e pela 14ª Titularidade, com atribuições perante o 1° Juizado da Infância e Juventude. A atuação da defensora pública também foi marcada por suas participações em ações sociais, principalmente, no âmbito da Justiça Rápida Itinerante, tendo visitado diversos distritos e munícipios pelo interior do estado.