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Defensoria ministra palestra para alunos do Colégio Estudo e Trabalho

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O defensor Fábio Roberto falou sobre a violência nas escolas, a dor da perda e as consequências jurídicas dos atos/impulsos

O defensor Fábio Roberto falou sobre a violência nas escolas, a dor da perda e as consequências jurídicas dos atos/impulsos

A tolerância aliada ao amor e respeito ao próximo marcou o conteúdo da palestra ministrada pela Defensoria Pública do Estado (DPE-RO) para os alunos do ensino médio do Colégio Estudo e Trabalho, na terça-feira, 05/11, nos turnos da tarde e da noite. A ação faz parte da campanha Conte até 10, desencadeada pelo Conselho Nacional do Ministério Público, com o objetivo de conter a violência nas escolas.

“Quando você olha para outra pessoa, deve enxergá-la como um ser humano, e não como um objeto que pode quebrá-lo e depois recuperá-lo. É preciso que o jovem se conscientize de que ao praticar atos de violência, seja injúria, lesão ou morte, terá que arcar pelo seu ato”, afirmou o defensor público Fábio Roberto de Oliveira Santos, atuante da 19 Vara da Família, que palestrou em nome da Defensoria Pública.

Fábio Roberto completou dizendo que esse jovem que praticou o delito pode responder por ato infracional. “Caso seja menor de 18 anos, cometerá um ato infracional. É importante entender, porém, que todo ato infracional tem consequência jurídica”, destacou.

O palestrante, junto com a direção da escola

O palestrante, junto com a direção da escola


Ele esclareceu ainda que é equívoco pensar que o adolescente ficará detido somente até os 18 anos, a exemplo do que é propagado. Segundo o defensor, o infrator pode permanecer internado até os 21 anos, mas há possibilidade também da medida ser estendida além dos 21 anos através de medida de segurança. “A escola é lugar de aprender coisas boas, de estudar para ter um futuro melhor, não é local para se cometer atrocidades contra os colegas”.

 

A Defensoria Pública distribuiu folder em que explica o trabalho desenvolvido pela instituição

A Defensoria Pública distribuiu folder em que explica o trabalho desenvolvido pela instituição

Perda

Para falar aos jovens sobre a importância que esses devem dar à vida, ele exibiu um vídeo sobre a morte da galinha Rafinha, em que retrata a dor de uma família nordestina com a morte de uma galinha de estimação, tendo direito inclusive a um funeral. “Se a morte de um animal de estimação é tão doloroso, imagine o sofrimento dos pais daquela pessoa que foi morta em decorrência de uma atitude impulsiva, de uma raiva momentânea, resultado de uma briga, de uma discussão boba”, afirmou.

Amar à vida

Para o defensor público, a questão da violência na sociedade não se resolverá por meio de prisão/internação, e sim, com a educação, a religião e a família – interligados pelo amor. “Amar é vida”, disse, frisando que a pessoa que usa da violência para atingir seus objetivos não é feliz, pois acredita que só através desse artifício conseguirá impor respeito. “Aquele que apanha tem uma oportunidade a mais, que é perdoar o agressor”. Os estudantes assistiram ao vídeo do poema Amar, de Carlos Drummond de Andrade.

O auditório ficou lotado de adolescentes

O auditório ficou lotado de adolescentes

O palestrante ressaltou que o jovem pode escolher qual o caminho a seguir: o do bem ou do mal. “Essa decisão só depende de você, que poderá ter tudo que quiser, desde que seja ético em seus atos e coloque Deus em primeiro lugar antes de agir de forma intempestiva. Não culpe seus pais ou sua escola pelos erros que você cometeu”.

Para se aproximar mais da realidade dos jovens que o ouvia, o defensor citou a sua história de vida como exemplo. Estudante de uma das escolas públicas de pior reputação em Salvador, filho de pais pobres, ele conseguiu se sobressair por meio dos estudos, começando a vida profissional como ofice boy, até chegar a defensor público aos 35 anos, após muito sacrifício. “Eu poderia ter seguido o exemplo de muitos colegas meus da escola, que terminaram presos ou mortos, mas optei em traçar meu futuro de forma diferente”, disse.


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