Núcleo Maria da Penha completa oito anos de instalação
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Defensor público Guilherme Ornelas realiza atendimento.
Formado por uma equipe multidisciplinar o núcleo realiza os primeiros atendimentos a mulheres vítimas de violência doméstica, geralmente, encaminhadas à Defensoria Pública pelas delegacias especializadas no atendimento à mulher (DEAM), centros de referência e Ministério Público.
Práticas de conciliação
Durante os atendimentos, a equipe do núcleo analisa as possibilidades de atuação nos mais variados casos, dando ênfase à prática de conciliação, destinada a facilitar a resolução dos conflitos pelas próprias partes envolvidas. Se a conciliação funcionar, o caso é repassado à assessoria jurídica para seguir com os trâmites legais. Em caso negativo, a mulher é orientada a resolver o conflito litigiosamente.
Dos atendimentos realizados no período de 2014 a 2016, mais de 50% dos casos resultaram em procedimentos cíveis consensuais, o que demonstra a eficácia das práticas da conciliação. Desses procedimentos cerca de 40% foram totalmente extrajudiciais, fato que está em consonância com os novos rumos pensados para as práticas jurídicas.
Avanços e Conquistas
Nos oitos anos de existência, o “ Maria da Penha” coleciona vários avanços e conquistas. Como parte integrante da Rede Lilás de Atendimento e Enfrentamento à Violência Contra a Mulher, o núcleo conseguiu realizar o seminário “Orçamento Mulher” que discutiu a importância da manutenção de uma parte do orçamento público destinada às políticas contra a violência à mulher. Para 2017, espera-se também a inauguração da Casa da Mulher Brasileira em Porto Velho, um local que vai reunir os serviços prestados à mulher em um único lugar, que ofereça um atendimento multidisciplinar humanizado.
No mês de aniversário (agosto) de 10 anos da Lei Maria da Penha, o núcleo realizou campanhas de conscientização e publicização das ações e serviços que presta. A equipe atual é coordenada pelo defensor público Guilherme Ornelas, e composta por: Alex Dadona, assessor jurídico; Marcela Chiecco, psicóloga; e a assistente social Luzia Oliveira.
Agosto de 2016: Lei Maria da Penha completa 10 anos
Criada em 2006, em homenagem a Maria da Penha Maia Fernandes, farmacêutica brasileira que ficou paraplégica após levar um tiro de espingarda do marido, a lei 11340/2006 inovou ao estabelecer mecanismos para coibir e prevenir a violência doméstica e familiar contra a mulher.
Dentre eles, destacam-se: os novos juizados especializados de violência doméstica e familiar contra a mulher, a detenção do suspeito de agressão, o agravante de pena, a diminuição das desistências de denúncias e as medidas de urgência e de assistência.
O principal canal de acesso aos serviços que integram a rede nacional de enfrentamento à violência contra a mulher, sob amparo da Lei Maria da Penha, é o Ligue 180 criado pela Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República (SPM-PR), em 2005. Serve de canal direto de orientação sobre direitos e serviços públicos para a população feminina em todo o país (a ligação é gratuita).
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